Crianças
se arriscam pela pista para irem à escola
Os moradores que precisam atravessar a BR 423, em Garanhuns, Agreste Pernambucano, próximo a Central de Abastecimento da cidade (Ceaga). Apesar da velocidade máxima permitida ser de 50 KM/h muitos motoristas não respeitam as leis de trânsito e passam em alta velocidade.
Ultrapassagens perigosas em
locais que não são permitidos são muito comuns. Atravessar pela via não é
tarefa fácil para a comunidade local. Muitos acidentes já foram registrados por
aqui. Redutores já foram colocados na pista com o objetivo de melhorar a
passagem de pedestres.
A
comerciante Edjane Moraes mora de um lado da via, mas tem que atravessa a
BR todos os dias, pois o negócio dele
está localizado do outro da pista. A comerciante conta que numa das idas dela
para o trabalho ela foi vítima de um atropelamento. “Quando fui passar o carro
vinha longe, mas não percebi que o motorista conduzia o veículo em alta velocidade.
Não lembro de muito coisa, pois a pancada foi muito forte. O carro me jogou
longe e devido ao acidente passei muito tempo sem poder trabalhar. Hoje quando
vou atravessar redobro ainda mais os cuidados, mas mesmo assim ainda tenho
medo”, disse Edjane.
Uma
fiscalização eletrônica foi colocada na estrada, mas há muito tempo está sem
funcionar. “Essas fiscalizações vivem apagadas. Passou pouco tempo funcionando,
enquanto a fiscalização eletrônica estava ativa os motoristas respeitavam mais,
mas agora eles não querem saber que aqui é uma via urbana”, disse o feirante
Adauto Silva.
Pelo
local muitas crianças, acompanhadas pelas mães, atravessam a estrada e correm
risco diariamente para poderem frequentar a escola. “Os motoristas não
respeitam. Todos os dias tenho medo de levar meu filho na escola, porque tenho
que atravessar por essa pista”, disse a Dona de Casa Sueli da Silva.
Maria
Elisabete, dona de casa, tem dois filhos com 6 e 8 anos. Ela conta que segura
firme nas mãos das crianças com medo de que elas sejam atropeladas. “Muitos
acidentes já aconteceram nessa pista. Passo com todo a atenção para não
acontecer nada comigo e com meus filhos. Eles precisam estudar e para ir à
escola esse é o único caminho”, desabafou Maria.
Contudo,
não são apenas as crianças que sofrem com essa realidade. De acordo com o
aposentado, Ivo José da Silva, ao longo de toda a pista é difícil atravessar a
estrada. “Já fiquei esperando mais de meia hora para poder atravessar. Ninguém
respeita os pedestres. É necessária a construção de uma passarela para esse
lugar”, disse Ivo. Acidentes já foram registrados pela Polícia Rodoviária
Federal na estrada.
Um dos
casos que mais causaram revolta na comunidade foi o atropelamento de uma
criança de 6 anos. Erich Gabriel Cordeiro Leite foi vítima de um acidente no
início deste ano. O garoto estava acompanhado pela mãe Maria Claudilene
Cordeiro Leite, de 22 anos. Mãe e filho estavam no acostamento quando foram
atingidos por uma moto. A reportagem do Jornal Cidade tentou entrar em contato com o Departamento de
Estradas e Rodagens (DER), mas não conseguiu nenhuma resposta.
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