terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Mesmo com barragens cheias falta água em Garanhuns




O problema no abastecimento foi ocasionado por problemas no sistema de distribuição de água

As barragens que abastecem o município de Garanhuns, Agreste Pernambucano, estão com cerca de 90% da capacidade. Mas, a cidade vem passando há algum tempo por problemas no abastecimento d'água em diversos bairros. O que vem ocasionado esse racionamento é que três bombas estão danificadas devido à deterioração das colunas que sustentam as bombas no sistema de distribuição das barragens do Cajueiro, que tem capacidade para 18,2 milhões de metros cúbicos e Inhumas, com 6,3 milhões de metros cúbicos.

“Os problemas no abastecimento não estão relacionados à falta de água. Todos os mananciais estão cheios. A barragem do Cajueiro, por exemplo, está com 96% da capacidade”, afirmou o Coordenador Regional da Companhia de Saneamento, Compesa, Ednaldo Peixoto.

Ainda de acordo com Ednaldo Peixoto as bombas apresentaram problemas há pouco mais de um mês. “A cidade foi dividida em três setores, numa escala de dois dias com água por quatro sem, enquanto os reparos são realizados. A previsão é de 15 a 20 dias para que cada bomba seja consertada. Até o dia 15 de fevereiro uma das bombas estará pronta”, disse.

Mas, esse rodízio vem causando alguns transtornos para a população. A cabeleireira Josineide Silva conta que com a falta de água nas torneiras o trabalho no salão está sendo prejudicado. “A maioria dos tratamentos capilares precisam que lavemos os cabelos das clientes. E como fazer sem água? Eu tive que desmarcar com muitas clientes. O faturamento do meu salão caiu”, desabafa a cabeleireira.

Josineide acrescenta: “Não entendo como isso pode acontecer. Acho que falta manutenção, pois só quando chega a uma situação crítica como essa é que os reparos são realizados. Acho que a Compesa deveria prevenir para que problemas como esse não acontecessem. Depois os mais prejudicados somo nós trabalhadores, que dependemos das necessidades básicas para se manter”.

Contudo, não é apenas Josineide que está sofrendo por causa da falta d’água. A dona de casa Aparecida Ferreira mora no bairro São José. Ela conta que no primeiro dia a água chega muito fraca nas torneiras. “A água tem chegado muito fraca. Fica difícil até para conseguir armazenar para os quatro dias que ficamos com as torneiras vazias”, disse.

De acordo com Edinaldo na parte baixa de alguns bairros no primeiro dia de abastecimento a água chega com menos intensidade, mas que no segundo dia a água chega com mais força nas torneiras. “Estamos aconselhando a população para que durante esse rodízio armazene água em reservatórios para enfrentar os dias que ficaram sem água nas torneiras, até que os problemas sejam solucionados”, afirma.








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