sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Bandidos com fuzis assaltam bancos em Correntes

Os bandidos fecharam todas as entradas da cidade para impedir a chegada da polícia





Um assalto chocou a pequena cidade de Correntes, Agreste Meridional na madrugada desta sexta-feira (29). A ação começou com o bloqueio da PE-218 e da BR-424, principais acessos à cidade. Os assaltantes queimaram quatro caminhões carregados de galinhas vivas com o objetivo de dificultar a chegada da polícia.

Depois os bandidos explodiram duas agências bancárias. De acordo com o gerente de uma das agências não se sabe dizer quanto foi levado do banco. Mas, segundo o gerente o banco havia sido abastecido nessa quinta-feira (28) para pagamento dos funcionários públicos.

Durante a ação o grupo chegou a fazer reféns e duas pessoas foram baleadas. De acordo com testemunhas mais de 20 homens armados com fuzis e cobertos com roupas e capus pretos, se dividiram em motos e pelo menos quatro carros.

Eles teriam carbonizado os veículos e em seguida usaram explosivos para entrar nas agências do Banco do Brasil e do Bradesco. Nesta manhã, a agência do Bradesco foi interditada, porque uma dinamite foi encontrada no local. 









De acordo com policiais civis, que estavam no local na manhã de hoje, o dono de um dos caminhões, ao saber do roubo, teria se deslocado em direção à delegacia, quando foi surpreendido pelos bandidos na rua, que atiraram várias vezes no carro dele. Ao tentar fugir, o homem teria sido baleado no braço e sua esposa na perna. O filho do casal, que também estava no carro, saiu ileso. O casal não corre risco de morte.



Durante a fuga os bandidos trocaram tiros com a polícia. Ainda não há pistas sobre os autores do assalto.







segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

João de Barros: obra que vale a pena contar





O artista tem uma paixão descrita na maior parte de suas composições, o amor por Garanhuns

João Severiano de Barros Filho, mais conhecido como João de Barros de Garanhuns, cantor, compositor e pai de dez filhos, mora no bairro Mundaú, na Suíça Pernambucana. Natural de Amaraji, zona da mata pernambucana. O artista tinha um sonho se formar em medicina, mas a vida o levou por outros caminhos. 

Chegou à Garanhuns para passar três meses e lá se foram mais de sessenta anos. Aos 85 anos João de Barros fala sobre a vida, os sofrimentos, as conquistas. Casou-se por quatro vezes, ficou viúvo por duas, teve um dos filhos assassinados, hoje vive sozinho. “A solidão é a pior coisa da vida”, disse Barros. 

A vida foi dura para João de Barros logo cedo. Aos 13 anos o cantor foi expulso de casa pela própria mãe, que tinha se casado outra vez depois da morte do pai de João. “Essa foi a maior dor da minha vida”, afirmou. Como não tinha para onde ir o jovem João passou a morar nas ruas. “Passei muita fome. Cheguei a ter tuberculose de tanta fome! Foi cerca de um ano internado para curar a doença, mas tinha uma certeza Jesus tomava conta de mim”, disse. 

Barros acrescentou: “Achei o que era ruim nas ruas, me deparei com gangues de ladrões. Mas, sempre quis o que era certo. Tudo o que eu tinha cabia numa sacola, algumas peças de roupas e um chinelo. Um dia quando não aguentava mais de fome entrei numa vendinha e pedi meio pão e sopa, e foi então que encontrei um amigo, Manuel Simplício, que pagou minha refeição e me tirou das ruas”.
Trabalhou como pedreiro, pintor de carro, em padaria e armazém. Aos poucos a vida de João de Barros foi melhorando. Contudo, a maior paixão do compositor é a música. “Sou um verdadeiro apaixonado pela música”, comenta.  

“Às vezes acordo de madrugada com a música na cabeça e logo me levanto. Tem canções que faço com três dias, já outras faço em cinco minutos”, disse Barros. 

Participou de vários festivais musicais, integrante do grupo Vocalista da Saudade, onde passou 20 anos. “Era um grupo no estilo de Demônios da Garoa. Eu era a voz natural aguda. Lembro que em um Festival de Música Brasileira fiquei em 2º lugar, defendendo uma musica de Martinho da Vila, fiquei muito emocionado”.

Autor de inúmeras canções dedicadas à Garanhuns o artista procura valorizar a cidade do coração. Em uma das letras João mostra o sentimento que tem pela cidade das flores. “Garanhuns terra hospitaleira, boa de morar, terra da garoa quem vai não quer mais voltar”.

Apesar de não ter tanto apoio João de Barros já gravou cinco álbuns e já está com um novo CD pronto para ser gravado. “Esse é meu sonho, luto para deixar a minha história para minha família e para Garanhuns, pois me considero filho dessa terra”.

Quando fala em Garanhuns e em tudo que passou na vida João se emociona e com um olhar sereno, de quem muito já lutou, mas apreendeu a serenidade que vem com o tempo, afirma ser feliz e que muito conquistou. E em tom de agradecimento ele fala: “Sou muito querido! E bem "quisto" nessa cidade que considero minha”, finaliza. 

Reportagem produzida para o Jornal Cidade

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Acidentes matam quatro pessoas no Agreste Meridional

Uma colisão aconteceu em Garanhuns e o outro acidente ocorreu em Lajedo e deixou três pessoas mortas

Um jovem de 28 anos morreu nesse domingo (18) na BR-423, em Garanhuns, Agreste Pernambucano. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF)  Tiago da Rocha Vila Nova conduzia uma moto quando houve a colisão com um carro de passeio. A vítima morreu no local e o corpo de Tiago da Rocha foi encaminhado para o IML de Caruaru.

Um outro acidente, envolvendo duas motos, deixou três pessoas mortas, no Sítio Salobro, zona rural de Lajedo, também no Agreste, no último sábado (17). Jonatas Saturnino da Silva, de 18 anos conduzia uma motocicleta em alta velocidade quando colidiu frontalmente em outra motocicleta, que estavam o comerciante José Zito Gomes de Almeida, de 57 anos e a agricultora Genizete Maria da Silva, de 28 anos. Todos os envolvidos no acidente moravam em Lajedo.

De acordo com a PRF as maiores causam de acidentes nas estradas são velocidade excessiva e a imprudências por parte dos motoristas. Os corpos das quatro vítimas foram encaminhados para o IML de Cauaru.

Motoristas trafegam em alta velocidade e desrespeitam as leis de trânsito




Crianças se arriscam pela pista para irem à escola

Os moradores que precisam atravessar a BR 423, em Garanhuns, Agreste Pernambucano, próximo a Central de Abastecimento da cidade (Ceaga). Apesar da velocidade máxima permitida ser de 50 KM/h muitos motoristas não respeitam as leis de trânsito e passam em alta velocidade. 

Ultrapassagens perigosas em locais que não são permitidos são muito comuns. Atravessar pela via não é tarefa fácil para a comunidade local. Muitos acidentes já foram registrados por aqui. Redutores já foram colocados na pista com o objetivo de melhorar a passagem de pedestres.

A comerciante Edjane Moraes mora de um lado da via, mas tem que atravessa a BR  todos os dias, pois o negócio dele está localizado do outro da pista. A comerciante conta que numa das idas dela para o trabalho ela foi vítima de um atropelamento. “Quando fui passar o carro vinha longe, mas não percebi que o motorista conduzia o veículo em alta velocidade. Não lembro de muito coisa, pois a pancada foi muito forte. O carro me jogou longe e devido ao acidente passei muito tempo sem poder trabalhar. Hoje quando vou atravessar redobro ainda mais os cuidados, mas mesmo assim ainda tenho medo”, disse Edjane.

Uma fiscalização eletrônica foi colocada na estrada, mas há muito tempo está sem funcionar. “Essas fiscalizações vivem apagadas. Passou pouco tempo funcionando, enquanto a fiscalização eletrônica estava ativa os motoristas respeitavam mais, mas agora eles não querem saber que aqui é uma via urbana”, disse o feirante Adauto Silva.

Pelo local muitas crianças, acompanhadas pelas mães, atravessam a estrada e correm risco diariamente para poderem frequentar a escola. “Os motoristas não respeitam. Todos os dias tenho medo de levar meu filho na escola, porque tenho que atravessar por essa pista”, disse a Dona de Casa Sueli da Silva.

Maria Elisabete, dona de casa, tem dois filhos com 6 e 8 anos. Ela conta que segura firme nas mãos das crianças com medo de que elas sejam atropeladas. “Muitos acidentes já aconteceram nessa pista. Passo com todo a atenção para não acontecer nada comigo e com meus filhos. Eles precisam estudar e para ir à escola esse é o único caminho”, desabafou Maria.

Contudo, não são apenas as crianças que sofrem com essa realidade. De acordo com o aposentado, Ivo José da Silva, ao longo de toda a pista é difícil atravessar a estrada. “Já fiquei esperando mais de meia hora para poder atravessar. Ninguém respeita os pedestres. É necessária a construção de uma passarela para esse lugar”, disse Ivo. Acidentes já foram registrados pela Polícia Rodoviária Federal na estrada.

Um dos casos que mais causaram revolta na comunidade foi o atropelamento de uma criança de 6 anos. Erich Gabriel Cordeiro Leite foi vítima de um acidente no início deste ano. O garoto estava acompanhado pela mãe Maria Claudilene Cordeiro Leite, de 22 anos. Mãe e filho estavam no acostamento quando foram atingidos por uma moto. A reportagem do Jornal Cidade  tentou entrar em contato com o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), mas não conseguiu nenhuma resposta.

Abrigo São Vicente de Paulo abriga idosos do Agreste Meridional




 
                                             Despesa da instituição ultrapassa 100 mil reais

O Abrigo São Vicente de Paulo, em Garanhuns, abriga idosos de todo o Agreste Meridional. São trazidos para a instituição pessoas na terceira idade por os mais diversos motivos. Muitos são vítimas de maus tratos, outros de golpes de empréstimos bancários, alguns porque a família não tem condições de cuidar do idoso e alguns poucos casos em que o idoso prefere morar no abrigo.

Um serviço de telemarketing e realizado pelo abrigo com o intuito de angariar recursos para que a instituição seja mantida e os idosos levem uma vida com dignidade e cuidados, principalmente, a atenção com a saúde. O objetivo vai além de ajudar nas despesas do local. A intenção é conscientizar a população da necessidade de manter a instituição.

Mais de 70 idosas moram no abrigo, que conta com uma equipe de mais de 40 funcionários, entre médicos, enfermeiros e fisioterapeuta. A instituição, que não tem fins lucrativos, acolhe pessoas a partir 60 anos de idade, em situação de risco ou que não possuem mais o uso da razão. O abrigo funciona como residência, e assiste ao idoso de forma integral.

O lugar, é mantido como toda instituição Filantrópica: com 70% da aposentadoria dos idosos, verba do Governo Federal e doações da população. De acordo com a diretora do abrigo, conhecida como Irmã Fabiola, o custo para manter toda a estrutura é alto. São mais de R$ 100 mil por mês, para atender todas as necessidades dos abrigados.

“O repasse do Governo Federal está defasado há três anos. Se não fosse a colaboração da sociedade, não teríamos como manter o obrigo”. A irmã ainda agradeceu a Deus, pela consciência que a população tem demonstrado, quanto ao cuidado com as idosas que se encontram por lá.

A diretora declarou que muitas das idosas que se encontram no abrigo, não recebem o benefício completo. O que segundo ela, as vezes acontece, pela utilização indevida de terceiros, em casos de empréstimos, por exemplo. Outro fato quanto às abrigadas, segundo Fabíola, é a existência de violência e abandono. A responsável pela instituição afirma que muitas das idosas que foram parar no local, foram vítimas de maus tratos.

Com o objetivo de promover a proteção ao idoso, foi criado o Núcleo de Enfrentamento Contra a Pessoa Idosa de Garanhuns. Segundo o Promotor de Justiça, Domingos Sávio, o Núcleo dispõe de equipe interdisciplinar para registrar e receber casos de maus tratos. E além disso, também fará o encaminhamento a Polícia e ao Ministério Público.

Para quem quiser contribuir:
Abrigo São Vicente de Paulo

Avenida Oliveira Lima, 70 - Heliópolis  
Garanhuns - PE, 55296-400
(87) 3761-3947