sexta-feira, 18 de maio de 2012



Foto: Ricardo B. Labastier

É cada vez maior o número de municípios atingidos pela seca em Pernambuco. Agora, já são 90 os que estão em estado de emergência: 56 no Sertão, 33 no Agreste e um na Zona da Mata. Até o momento, a estiagem já afetou 928.346 pessoas no estado.

Para amenizar os efeitos da seca, 670 carros-pipa abastecem as cidades mais castigadas pela falta de água. Os agricultores que tiveram suas lavouras destruídas poderão sacar o crédito emergencial no Banco do Nordeste. Estão previstos R$ 514 milhões, recursos federais e estaduais, para diminuir os efeitos da estiagem.

Além disso, a Secretaria de Agricultura de Pernambuco autorizou a distribuição imediata de 1,3 mil tonelada de sementes de milho para plantio e o governo federal planeja a construção de 36 mil cisternas.

Enquanto a falta de chuva prejudica o Nordeste, a cheia do Rio Negro, no estado do Amazonas, atingiu na última quinta (17) a marca histórica de 29 metros e 80 centímetros, 3 centímetros acima da grande cheia de 2009, a maior já registrada até então, segundo dados do Serviço Hidrográfico do Porto de Manaus. (fonte: agência brasil)

São João: O município de São João, no agreste do estado, é apenas uma das cidades afetadas pela seca. O lugar é o maior produtor de feijão da região. A terra está seca e os açudes vazios. Neste ano apenas 57mm de chuva caíram na cidade desde o início do ano, metade do que choveu no mesmo período do ano passado. A seca preocupa e castiga os produtores.

Por causa da estiagem a plantação ainda não teve início. De acordo com o Instituto Agronômico de pernambuco, o IPA as sementes ainda não foram repassadas para os produtores. A espera é pelas chuvas para começar a distribuição. O produtor José Geraldo possui 7 hectares de terra, na pequena propriedade apenas a terra foi arada. “Esperamos em um poder maior para começar a trabalhar”, desabafa o produtor.

Mais de dois mil produtores passam pela mesma situação. O município é responsável por uma produção de sete mil toneladas de feijão, plantados em mais de oito mil hectares de terra. Por causa dessa escassez o preço do feijão aumentou. O valor do saco do feijão está por R$ 400,00, no ano passado o valor era de R$ 150,00, um amento de mais de 100%. Resultado disse o consumidor paga quase R$ 6,00 no quilo do produto.

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