segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Motoristas trafegam em alta velocidade e desrespeitam as leis de trânsito




Crianças se arriscam pela pista para irem à escola

Os moradores que precisam atravessar a BR 423, em Garanhuns, Agreste Pernambucano, próximo a Central de Abastecimento da cidade (Ceaga). Apesar da velocidade máxima permitida ser de 50 KM/h muitos motoristas não respeitam as leis de trânsito e passam em alta velocidade. 

Ultrapassagens perigosas em locais que não são permitidos são muito comuns. Atravessar pela via não é tarefa fácil para a comunidade local. Muitos acidentes já foram registrados por aqui. Redutores já foram colocados na pista com o objetivo de melhorar a passagem de pedestres.

A comerciante Edjane Moraes mora de um lado da via, mas tem que atravessa a BR  todos os dias, pois o negócio dele está localizado do outro da pista. A comerciante conta que numa das idas dela para o trabalho ela foi vítima de um atropelamento. “Quando fui passar o carro vinha longe, mas não percebi que o motorista conduzia o veículo em alta velocidade. Não lembro de muito coisa, pois a pancada foi muito forte. O carro me jogou longe e devido ao acidente passei muito tempo sem poder trabalhar. Hoje quando vou atravessar redobro ainda mais os cuidados, mas mesmo assim ainda tenho medo”, disse Edjane.

Uma fiscalização eletrônica foi colocada na estrada, mas há muito tempo está sem funcionar. “Essas fiscalizações vivem apagadas. Passou pouco tempo funcionando, enquanto a fiscalização eletrônica estava ativa os motoristas respeitavam mais, mas agora eles não querem saber que aqui é uma via urbana”, disse o feirante Adauto Silva.

Pelo local muitas crianças, acompanhadas pelas mães, atravessam a estrada e correm risco diariamente para poderem frequentar a escola. “Os motoristas não respeitam. Todos os dias tenho medo de levar meu filho na escola, porque tenho que atravessar por essa pista”, disse a Dona de Casa Sueli da Silva.

Maria Elisabete, dona de casa, tem dois filhos com 6 e 8 anos. Ela conta que segura firme nas mãos das crianças com medo de que elas sejam atropeladas. “Muitos acidentes já aconteceram nessa pista. Passo com todo a atenção para não acontecer nada comigo e com meus filhos. Eles precisam estudar e para ir à escola esse é o único caminho”, desabafou Maria.

Contudo, não são apenas as crianças que sofrem com essa realidade. De acordo com o aposentado, Ivo José da Silva, ao longo de toda a pista é difícil atravessar a estrada. “Já fiquei esperando mais de meia hora para poder atravessar. Ninguém respeita os pedestres. É necessária a construção de uma passarela para esse lugar”, disse Ivo. Acidentes já foram registrados pela Polícia Rodoviária Federal na estrada.

Um dos casos que mais causaram revolta na comunidade foi o atropelamento de uma criança de 6 anos. Erich Gabriel Cordeiro Leite foi vítima de um acidente no início deste ano. O garoto estava acompanhado pela mãe Maria Claudilene Cordeiro Leite, de 22 anos. Mãe e filho estavam no acostamento quando foram atingidos por uma moto. A reportagem do Jornal Cidade  tentou entrar em contato com o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), mas não conseguiu nenhuma resposta.

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